162 raios caíram em Praia Grande em apenas seis horas
A ambulante Maria Garcia dos Santos, disse que o raio foi muito próximo. “O raio caiu na água, onde ele estava. Até rasgou a camiseta dele”. Outra testemunha, o estudante Rodrigo Rossi afirma que as pessoas estavam desesperadas e o guarda-vida foi chamado, mas não adiantou. “Ainda fizeram uma massagem cardíaca enquanto a ambulância não chegava, mas já ele não reagia”, diz.
A mãe do rapaz, Eliana Colen Borges, desmaiou ao ver o corpo do filho e também precisou ser socorrida. De acordo com o Corpo de Bombeiros, ele teve uma parada cardiorrespiratória e foi atendido por guarda-vidas ainda na praia. O jovem foi encaminhado para o Pronto Socorro Central da Cidade. A unidade informa que todos os procedimentos para tentar reanimá-lo foram tentados, mas ele não resistiu.
Segundo o funcionário do Instituto Médico Legal (IML) de Praia Grande, Gisler Branco, a morte do rapaz foi causada pela descarga elétrica que recebeu, o corpo apresentava ferimentos, mas o jovem teve parada cerebral instantânea. Isso fez com que seu corpo deixasse de funcionar. “Se o raio atingisse diretamente o rapaz, o corpo estaria carbonizado”, afirma.
Especialistas afirmam que o raio pode atingir mais de 25 mil graus Celsius e ter uma potencia de 125 milhões de volts.
De acordo com levantamento do Grupo de Eletricidade Atmosférica do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Praia Grande teve uma incidência de 162 raios apenas na tarde de quarta-feira, dia 19. O balanço geral do numero de descargas, apenas será feito após o final do verão. Somente na terça-feira, dia 18, os radares do Inpe registraram a ocorrência de 11.236 descargas atmosféricas no país. A água do mar é forte condutora de eletricidade, por isso, o raio que cai no mar pode causar choque elétrico nas pessoas que estão até cinco quilômetros de distância do local.
O Grupo recomenda que, durante uma tempestade de raios, as pessoas que estiverem na rua evitem segurar objetos metálicos longos, empinar pipas, se abrigar embaixo de árvores, nadar ou ficar em grupos. Na praia, o ideal é sair da água e procurar abrigo seguro ou deita-se na areia. Nunca se manter em ambientes aberto, pois a tendência é de que o raio atinja sempre o ponto mais alto de uma região. Dentro do carro existe certa segurança, desde que não toque nas partes metálicas ou na carcaça do carro. O mais correto é procurar abrigo em locais como prédios, grandes construções ou túneis. Em casa, é aconselhável evitar o uso de telefones com fio, pois este pode transportar a corrente elétrica do raio. Os aparelhos eletrônicos devem ser desligados da tomada para evitar danos ou até mesmo incêndios.
Fonte: Gazeta do Litoral
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